sexta-feira, 8 de junho de 2012

Início de atividades em 2012

Alô galera das Letras! É com imenso prazer que estamos aqui; nós que fazemos o Infiltrações Literária, para promover mais uma ação do grupo. Locomovidos pela efêmera ânsia da palavra, findamos o primeiro Tabloide de Letras de 2012, composto por textos seletos e organizados pelo nosso expediente, visando gerar debate no meio das turmas do curdo de Letras desta universidade (UFRPE-UAG). Em breve o link para o download do arquivo estará disponível por aqui, entendem? É o que queremos, disseminar a literatura, os vários textos, incendiando vossas mentes!

Até as próximas atualizações deste espaço...

Chapeuzinho vermelho (Millôr Fernandes)


Chapeuzinho Vermelho Millôr Fernandes


Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores — o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).

Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".

Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez — o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado — e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.

Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.


Extraído do livro "Lições de Um Ignorante", José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág. 31

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Depois de muito tempo de molho, os grupos de pesquisa e extensão de Literatura; coordenados pelo profº Dr. Nilson Carvalho, da Unidade Acadêmica de Garanhuns; UFRPE volta a se reunir periodicamente com a intenção de retomar suas atividades como proposta inicialmente no projeto.
Para isso o empenho de todos que deste fazem parte é necessário, logo mais que o grupo passa a funcionar como um corpo humano e que cada um tem suas funções como órgãos deste corpo. Nas próximas reuniões decisões importantíssimas devem ser discutidas para a eficiência do grupo, desde a organização administrativa às funções específicas de cada um.

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Permanência (Carlos Drummond de Andrade)

Agora me lembra um, antes me lembrava outro.

Dia virá em que nenhum será lembrado.

Então no mesmo esquecimento se fundirão.
Mais uma vez a carne unida, e as bodas
cumprindo-se em si mesmas, como ontem e sempre.

Pois eterno é
o amor que une e separa, e eterno o fim

(já começara, antes de ser), e somos eternos,
frágeis, nebulosos, tartamudos, frustados: eternos.
E o esquecimento ainda é memória, e lagoas de sono
selam em seu negrume o que amamos e fomos um dia,
ou nunca fomos, e contudo arde em nós
à maneira da chama que dorme nos paus de lenha jogados no galpão.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ramificações literárias

palestra sobre literatura e poesia: Colégio José Brasileiro: 17/09/2010

Os projetos de pesquisa e extensão, englobam outras ações que tratam justamente desse estudo (pesquisa) e disseminação (extensão) da literatura: na universidade, na comunidade e na internet (através de seus membros em seus web-sites literários). Não há como falar dessas ramificações sem citar o PIBID; que se trata de um projeto de iniciação a docência, que além de preparar os bolsistas para lecionar aulas posteriormente em sua vida profissional, também desenvolve atividades dinâmicas de disseminação da literatura, por realização de oficinas ministradas pelos bolsistas do PIBID.
Também há a "ronda literária"; programa de rádio breve, que trata de assuntos literários e discussões sobre literatura, vindo da comunidade promovedora do projeto, assim como da comunidade literária local.
Os trabalhos científicos, apresentações resultantes de estudos vindos de discussões do grupo de pesquisa estão começando a serem planejados pelos participantes do grupo, e reuniões regulares estão fazendo a manutenção do grupo em geral, seja de pesquisa e/ou extensão.
A caminho estão outras ramificações surgidas dos projetos de pesquisa e extensão, promovidas com a função de formar um público leitor, um público que discuta literatura e faça dela uma arte, mais ainda, uma COISA viva entre todos nós, a cada pulsar e instante de nossas vidas... o resto de nossas vidas!!!!!

I Colóquio de Letras


E mais uma vez o grupo de performance: Infiltrações Literárias se apresenta para o deleite do público, dessa vez é na FAGA (AESGA), na abertura do I Colóquio de Letras, de muitos que virão pela frente. E assim como em outras apresentações anteriores, teve aceitação do público que aplaudiu extasiado após o fim da performance do grupo. Dessa vez houveram algumas modificações da montagem original, mas tudo saiu perfeito! Parabéns a todos o pessoal que faz essa movimentação literária, e ao professor Nilson Carvalho, que é quem organiza juntamente com todos os performers todo esse show!












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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

I Colóquio de Letras

Em breve aqui no blog, mais detalhes sobre o evento da aréa de Letras da UFRPE/UAG que contou com apresentação do grupo teatral-performático Infiltrações Literárias e outros eventos que compuseram a solenidade.

cartaz do evento:

quarta-feira, 16 de junho de 2010

por uma causa literária!

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O grupo Infiltrações Literárias surgiu no ano de 2009, a partir do projeto de extensão desenvolvido pelo professor e coordenador do grupo; Nilson Carvalho, para disseminar e “infiltrar” a literatura no ambiente acadêmico e na comunidade local, através de diversas maneiras, inclusive por meio da pura manifestação artística dos envolvidos no projeto, seja num recital ou numa peça teatral, a proposta desses alunos; estudantes de Letras, juntamente com o professor Nilson, é mostrar a significação da arte da palavra na sociedade e no mundo que nós cerca, sendo que é de uma grande importância disseminar o conhecimento literário as pessoas por este ser um formador cultural e ideológico sem o qual o homem encontrará barreiras a sua frente enfrentando os problemas do dia a dia, pois quem abre um livro pra ler, também abre a mente pra ver mais do que os olhos que nós dão visão podem nos mostrar. Pois como já dizia Monteiro Lobato: " Um país é feito de homens e livros".



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